quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Ressurreição de Cristo: Perguntas e Evidências – parte I

A ressurreição de Jesus é tão importante para o cristianismo que o apóstolo Paulo escreveu que “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé”. Sem a ressurreição de Jesus, o evangelho é pouco mais que um código de ética.

Sobre a existência de alguém chamado Jesus e sua morte natural numa cruz, há pouca controvérsia. Sua propalada ressurreição, porém, é um caso sob suspeita.

Mas esse evento tão extraordinário apresenta evidências satisfatórias? O teólogo e escritor John Stott elencou argumentos pró-ressurreição incrivelmente contundentes para responder a quatro hipóteses que tentam desqualificar o caráter factual desse acontecimento.

Os evangelhos relatam que, no domingo de manhã, algumas mulheres foram ao túmulo de Jesus, mas não encontraram seu corpo. O que teria ocorrido? Algumas das contestações mais repetidas dizem que 1) elas foram ao túmulo errado, 2) ladrões roubaram o corpo, 3) os discípulos de Jesus removeram o corpo, 4) as autoridades mantiveram o corpo sob custódia.

As mulheres foram ao túmulo errado? Era de manhã bem cedo, mas ainda que não houvesse muita luz do sol, Maria Madalena e Maria, mãe de Jesus, haviam visto pessoalmente o local para onde José e Nicodemos levaram Cristo, chegando a acompanhar o sepultamento, “sentadas em frente da sepultura”. Além disso, depois de contar aos discípulos, Maria Madalena retornou ao sepulcro, quando encontrou Jesus ressurreto.

As mulheres não foram ao sepulcro na função de carpideiras. Elas foram para ungir o corpo de Jesus com aromas, pois não puderam completar a tarefa na sexta-feira. E ainda: Pedro e João foram conferir a história das mulheres e também o próprio Nicodemos foi ao túmulo de novo. Todos eles teriam errado de túmulo?

Ladrões roubaram o corpo de Cristo? Não há nenhuma evidência para a suposição de que alguém conseguiria driblar a guarda romana que vigiava o sepulcro, remover a pedra da tumba e ainda levar o corpo deixando no local as vestes que enfaixavam o morto. Além da falta de motivação para o roubo, o que os ladrões fariam com o corpo?

Os discípulos teriam removido seu Senhor do túmulo? Segundo Mateus, depois que Pilatos deu autorização para o sepultamento de Jesus, uma delegação de líderes judeus lhe convenceu de que o sepulcro deveria ser vigiado até ao terceiro dia, “para não suceder que vindo os discípulos, o roubem e depois digam ao povo: ‘Ressuscitou dos mortos’”.

Entretanto, apesar da forte escolta, Cristo saiu da tumba. Quando os soldados fizeram o relatório da ocorrência aos sacerdotes, estes subornaram os soldados para que espalhassem o seguinte boato: “Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram, enquanto dormíamos”. Soldados dormindo em serviço? E se estavam acordados de manhã, as mulheres passaram sem ser percebidas e removeram a pedra enquanto vigiavam?

Os discípulos podiam até ter motivação para remover o corpo do túmulo, mas não tinham coragem nem poder para enfrentar ou passar desapercebidos pela vigilância armada. Na verdade, eles estavam bastante amedrontados, escondidos com medo de serem mortos também. Mas após a ressurreição, eles se diziam testemunhas oculares do Cristo ressurreto. Eles não morreriam como mártires se baseassem sua pregação numa mentira tão grande e fácil de descobrir. Como diz John Stott, “hipócritas e mártires não são feitos do mesmo material”.

As autoridades confiscaram o corpo de Cristo? Se os líderes romanos e judeus estivessem com um cadáver sob custódia, elas não precisariam prender, torturar e matar os apóstolos acusando-os de mentira e falso testemunho. Bastava apresentar o corpo. Mas isso lhes era impossível: eles não estavam com corpo algum.

As evidências não indicam equívoco de rota das testemunhas nem supõem que houve sequestro e ocultamento de cadáver. A descrição simples e direta dos quatro evangelhos não diz que um grupo de homens removeu o corpo de Jesus do sepulcro. Cristo ressuscitou pelo poder de Deus.

Joezer Mendonça

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