quarta-feira, 29 de junho de 2011


Jo 20.1-18


INTRODUÇÃO


1. A ressurreição de Cristo ocupa uma página importante na história do cristianismo. Ela é o coração da Igreja Cristã. Paulo chegou a afirmar que se Cristo não ressuscitou, tudo é vão, 1 Co 15.14-19, “14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; 15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens”.


2. Contudo, se podemos demonstrar que Jesus de Nazaré ressuscitou dente os mortos, aí sim, o cristianismo assume um caráter de suma importância na vida dos seguidores de Cristo. Sem a ressurreição de Cristo, não poderíamos continuar cristãos.


3. “NESTA NOITE, QUEREMOS APRESENTAR AS PROVAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO”:


I. O SEPULCRO VAZIO


1. As narrativas da ressurreição nos evangelhos principiam com a visita de algumas mulheres ao sepulcro na manhã do domingo de Páscoa. Quando lá chegaram, ficaram espantadas ao descobrirem que o corpo de Cristo havia desaparecido. O sepulcro estava vazio. Cristo ressuscitara!


2. Os céticos tentam afirmar através de algumas teorias falsas que Cristo não ressuscitou e que tudo não passou de um engano. Tentam explicar através destas falsas teorias o que segundo eles aconteceu:

a) Em primeiro lugar, afirmam que as mulheres, poderiam ter ido ao sepulcro errado. Segundo eles, ainda estava escuro e elas confusas com aquele sofrimento, poderiam ter cometido um engano:

a.1) Para começar, não estava totalmente escuro. Embora, João afirme que as mulheres foram ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, (Jo 20.1, “No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida”); Marcos nos fala que o fato se deu ao “despontar do sol”, Mc 16.2, “E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo”.

a.2) Além disso, elas não eram tão idiotas, pois pelo menos duas delas estiveram no local, onde José de Arimatéia e Nicodemos haviam colocado o corpo do Senhor, Mc 15.47, “Ora, Maria Madalena e Maria, mãe de José, observaram onde ele foi posto”; e ficaram sentadas em frente da sepultura, Mt 27.61, “Achavam-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria”. Se uma delas errasse, certamente a outra não erraria.

b) Em segundo lugar, há a teoria do desfalecimento: Afirmam que Jesus realmente não morreu. Ele só desmaiou. Contudo, as evidências contrariam tal afirmação:

b.1) O testemunho do centurião, Mc 15.44-45, “44 Mas Pilatos admirou-se de que ele já tivesse morrido. E, tendo chamado o centurião, perguntou-lhe se havia muito que morrera.45 Após certificar-se, pela informação do comandante, cedeu o corpo a José”.

b.2) O soldado que lhe abriu o lado com a lança, Jo 19.34, “Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”.

b.3) Poderia Jesus, após tanto sofrimento, ter resistido a trinta e seis horas dentro de um sepulcro fechado e depois ainda encontrar forças físicas para empurrar a grande pedra colocada à porta do sepulcro? Isto sem perturbar a guarda romana?

c) Em terceiro lugar, há a teoria de que ladrões de qualquer espécie roubaram o corpo:

c.1) Seria difícil enganar a guarda romana.

c.2) Se isso tivesse acontecido, não teriam deixado os lençóis.

d) Em quarto lugar, há a teoria de que os próprios discípulos levaram o corpo. Os judeus, até mesmo espalharam este boato, subornando os guardas, Mt 28.11-15, “11 E, indo elas, eis que alguns da guarda foram à cidade e contaram aos principais sacerdotes tudo o que sucedera. 12 Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, 13 recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram enquanto dormíamos. 14 Caso isto chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos e vos poremos em segurança. 15 Eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje”.

d.1) Seria impossível passar pelos guardas.

d.2) Se isso tivesse acontecido, como ficaria o fator psicológico dos discípulos? Teriam eles condições de pregar a mensagem do livro de Atos?, At 2.23-24, “23 sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; 24 ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela”. Não só a pregação, mas até mesmo a vida que levaram depois (sofrimento, assassinatos, mortes, etc.). Teriam eles sido tão hipócritas?”.

e) Em quinto lugar, o corpo teria sido roubado pelas autoridades romanas e hebraicas, para mostrá-lo ao povo, se os discípulos surgissem com a versão de que Cristo ressuscitara, o que lhes era esperado. Ficaram com medo de alguma trapaça:

e.1) Se assim fosse, porque o corpo não apareceu, quando os discípulos começaram a pregar que Cristo havia ressuscitado?

e.2) Pelo contrário, estas autoridades, recorreram a ameaças, difamações, conspirações e mortes, para reprimi-los.

3. O sepulcro, realmente estava vazio. Cristo havia ressuscitado, aleluia!


II. OS LENÇÓIS


1. As narrativas nos contam que o corpo de Cristo, não se achava mais no lugar onde foi posto, mas os lençóis, permaneceram no mesmo lugar, intactos. Vejamos o relato de João, Jo 20.3-, “3 Saiu, pois, Pedro e o outro discípulo e foram ao sepulcro. 4 Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; 5 e, abaixando-se, viu os lençóis de linho; todavia, não entrou. 6 Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, 7 e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte”

2. Os discípulos viram e creram. O que eles viram? Não foi somente a ausência do corpo, mas a posição dos lençóis.

3. Vamos reconstruir um pouco a história: José de Arimatéia solicita o corpo a Pilatos. Nicodemos levou especiarias para o sepultamento. Tomaram o corpo de Jesus e o ataram com os lençóis envolvidos nas especiarias, Jo 19.38-40, “38 Depois disto, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, ainda que ocultamente pelo receio que tinha dos judeus, rogou a Pilatos lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. Pilatos lho permitiu. Então, foi José de Arimatéia e retirou o corpo de Jesus. 39 E também Nicodemos, aquele que anteriormente viera ter com Jesus à noite, foi, levando cerca de cem libras de um composto de mirra e aloés. 40 Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com os aromas, como é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro”. Um pedaço de pano, sem dúvidas era colocado sobre a cabeça, Jo 11.44, “Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir”.

4. Os lençóis, eram enrolados no corpo, com as especiarias, como se fosse um gesso, na forma de ataduras. O lenço era enrolado na cabeça, deixando a face livre. Não era possível sair daquele casulo, sem mexer na posição dos lençóis.

5. Os discípulos viram o que? O lençol estava intacto e o lenço que havia sido colocado na cabeça estava num lugar à parte, Jo 20.6-7, “6 Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, 7 e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte”. O corpo de Jesus passara por entre as ataduras, sem mexer com a posição delas.

6. Os lençóis, foram uma forte evidência da ressurreição.


III. OS APARECIMENTOS DO SENHOR


1. Todo leitor dos evangelhos, sabe que os mesmos incluem algumas histórias extraordinárias de como Jesus apareceu aos discípulos após a sua ressurreição. Sabemos de dez aparições do Senhor em separado:

a) Apareceu a Maria Madalena, Jo 20.11-18.

b) Apareceu às mulheres que regressavam do sepulcro, Mt 28.9.

c) Apareceu a Pedro, Lc 24.34; 1 Co 15.5.

d) Apareceu aos dois discípulos na estrada de Emaús, Lc 24.13sess.

e) Apareceu aos dez no Cenáculo, Lc 24.36-42.

f) Apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, 1 Co 15.6.

g) Apareceu a Tiago, 1 Co 15.7.

h) Apareceu a muitos perto do Mar da Galiléia, Jo 21.1-23.

i) Apareceu a muitos no Monte das Oliveiras, Lc 24.50-53.

j) Apareceu a Paulo, 1 Co 15.8.

2. Vejam como Lucas descreve em Atos acerca dos aparecimentos, At 1.1-3, “1 Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar 2 até ao dia em que, depois de haver dado mandamentos por intermédio do Espírito Santo aos apóstolos que escolhera, foi elevado às alturas. 3 A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus”.

3. Mesmo com todas estas testemunhas, há algumas explicações dos céticos que tentam destruir a veracidade das aparições:

a) Em primeiro lugar, os discípulos teriam inventado que Cristo apareceu a eles. Se isto fosse verdade, certamente os discípulos teriam inventado uma história muito mais fantástica, como nos evangelhos apócrifos, e não um quebra cabeça de acontecimentos, que os evangelhos produziram. Além disso, jamais teriam incluído Maria Madalena na história inventada, em razão de sua reputação.

b) Em segundo lugar, os discípulos tiveram alucinações. A alucinação é a “percepção aparente de um objeto externo, quando este não está presente”. Normalmente, possuem alucinações, pessoas psicóticas e neuróticas, ou pessoas que estão sob efeito de drogas. Não é possível afirmar que os discípulos eram desta natureza. Ainda que admitamos que pessoas normais tenham alucinações, tais alucinações, ocorrem quando elas estão sob forte clima de pensamento exagerado, ou forte desejo íntimo para ver coisas. Isto não ocorreu com os discípulos, pois:

b.1) Alguns nem mesmo acreditaram, Mc 16.11, “Estes, ouvindo que ele vivia e que fora visto por ela, não acreditaram”.

b.2) Ficaram surpresos e atemorizados, Lc 24.37, “Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito”.

b.3) Exemplo de Tomé, Jo 20.24-29, “24 Ora, Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Disseram-lhe, então, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele respondeu: Se eu não vir em suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei. 26 Passados oito dias, estavam outra vez ali reunidos os seus discípulos, e Tomé, com eles. Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! 27 E logo disse a Tomé: Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente. 28 Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! 29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram”.

4. Só temos que admitir que as experiências dos discípulos, eram verdadeiras. Cristo ressuscitara e aparecera aos discípulos em muitas vezes, com incontestáveis provas.


CONCLUSÃO:


1. A maior garantia que temos, em termos de cristianismo, é a ressurreição de Cristo. Sem a ressurreição de Cristo, não poderia haver igreja, cristãos, e todo aparato religioso. Servimos a um Deus vivo, aleluia!

2. A ressurreição do senhor, nos garante vida, 1 Co 15.21-22, “21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo”.

Por: Pr. José Antônio Corrêa

Nenhum comentário:

Postar um comentário