quarta-feira, 29 de junho de 2011

Evidências da Ressurreição de Jesus Cristo

o lado desta linha de evidências devemos pôr a evidência da ressurreição de Jesus. Se ele não ressuscitou mas seguiu pelo caminho de toda carne, as implicações extraordinárias da sua Palavra e sua vida dão em nada. Mas se ele venceu a morte, suas afirmações e sua natureza ficam provadas. E seu ensino sobre a Bíblia torna-se padrão para nós. Sem entrar em detalhes, quero mencionar seis coisas que fundamentam minha certeza de que Jesus ressuscitou.

1) Jesus deu testemunho da sua própria ressurreição futura.
Dois testemunhos separados confirmam de maneiras diferentes a afirmação que Jesus fez em vida que, se seus inimigos destruíssem o templo, ele o reconstruiria em três dias (Jo 2.19; Mc 14.58; cf. Mt 26.61). Jesus também falou figuradamente do "sinal de Jonas" — três dias no coração da terra (Mt 12.39, 40; 16.4). Por isso, a credibilidade de Jesus aponta para a realidade da ressurreição futura. E ele referiu-se mais uma vez a ela em Mateus 21.42: "A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular".

2) O túmulo estava vazio na páscoa. Há quatro maneiras possíveis de explicar isso.
Seus inimigos roubaram o corpo. Se esse foi o caso (o que eles nunca afirmaram), eles certamente teriam mostrado o corpo, para deter a expansão bem sucedida da fé cristã na própria cidade em que a crucificação aconteceu. Mas eles não puderam mostrá-lo.
Seus amigos o roubaram. Este foi um dos primeiros rumores (Mt 28.11-15). Será que isso é provável? Poderiam eles ter dominado os guardas junto ao túmulo? E, mais importante que isso, será que eles teriam começado a pregar com tanta autoridade que Jesus ressuscitou, sabendo que isso não era verdade? Teriam eles arriscado sua vida e aceitado ser açoitados por algo que sabiam ser uma fraude?
Jesus não estava morto, apenas inconsciente quando o colocaram no túmulo. Ele acordou, removeu a pedra, dominou os soldados e desapareceu da história, depois de alguns encontros com seus discípulos, em que os convenceu de que tinha ressuscitado. Nem os inimigos de Jesus tentaram seguir esse caminho. Ele estava obviamente morto. A pedra não podia ser removida de dentro por um homem que passara seis horas pregado a uma cruz e fora perfurado lateralmente por uma lança.
Deus ressuscitou Jesus. Isso era o que ele disse que aconteceria. Foi o que os discípulos disseram que aconteceu.
Contudo, enquanto houver uma possibilidade remota de explicar a ressurreição de modo natural, as pessoas de hoje dizem que não devemos pular para uma explicação sobrenatural. Será que isso é razoável? Eu não acho. É claro que não queremos ser ingênuos. Mas também não queremos rejeitar a verdade só porque ela é estranha. Temos de estar cientes de que nossos compromissos a essa altura são muito afetados por nossas preferências — ou pelo estado de coisas que resultaria da verdade da ressurreição, ou pelo estado de coisas que resultaria da falsidade da ressurreição. Se a mensagem de Jesus abriu você para a realidade de Deus e a necessidade de perdão, por exemplo, então os dogmas contrários ao sobrenatural podem perder seu poder sobre sua mente. Poderia ser que essa abertura não é preconceito a favor da ressurreição, mas liberdade do preconceito contra ela?

3)Os discípulos foram transformados quase imediatamente de homens sem esperança e medrosos depois da crucificação (Lc 24.21; Jo 20.19) em testemunhas confiantes e corajosos da ressurreição (At 2.24; 3.15; 4.2).
Sua explicação era que tinham visto o Cristo ressurreto e recebido autorização para ser suas testemunhas (At 2.32). A explicação divergente mais popular é que sua confiança fora causada por alucinações. Há numerosos problemas com tal noção:
Por um lado, alucinações, via de regra são algo particular, mas Paulo escreve em 1Coríntios 15.6 que Jesus "foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora". Estavam disponíveis para serem questionados.
Além disso, os discípulos não eram ingênuos, mas céticos desconfiados tanto antes como depois da ressurreição (Mc 9.32; Lc 24.11; Jo 20.8, 9, 25),
Mais que isso, será que o ensino profundo e nobre dos que viram o Cristo ressurreto é material de que se faz alucinações? O que dizer da grande carta de Paulo aos Romanos?

4)A própria existência de uma igreja crescente que conquistou o império apoia a verdade da afirmação da ressurreição.
A igreja espalhou-se pelo poder do testemunho de que Jesus ressuscitou e que Deus com isso o tornara Senhor e Cristo (At 2.36). O senhorio de Cristo sobre todas as nações está baseado em sua vitória sobre a morte. Essa é a mensagem que se espalhou por todo o mundo. Seu poder para transpor barreiras culturais e criar um novo povo de Deus foi um testemunho poderoso da sua veracidade.

5)A conversão do apóstolo Paulo apoia a verdade da ressurreição.
Ele argumenta diante de uma audiência parcialmente não simpática em Gálatas 1.11-17 que seu evangelho vem do Jesus Cristo vivo. Seu argumento é que, antes da sua experiência na estrada para Damasco, ele era totalmente contrário à fé cristã. Mas agora, para surpresa de todos, está arriscando sua vida pelo evangelho. Sua explicação: o Jesus ressurreto lhe apareceu e autorizou a ser o ponta de lança do trabalho missionário entre os gentios (At 26.15-18). Podemos acreditar neste testemunho?
Isso nos leva ao meu último argumento em favor da ressurreição.

6)As testemunhas do Novo Testamento não levam a chancela de tolos ou enganadores.
Como você dá crédito a uma testemunha? Como você decide acreditar ou não no testemunho de alguém? A decisão de dar crédito ao testemunho de alguém não é como completar uma equação matemática. A certeza é de outro tipo, mas pode ser igualmente firme (eu confio no testemunho da minha esposa de que ela é fiel).
Quando uma testemunha está morta, podemos basear nosso julgamento apenas no conteúdo dos seus escritos e no testemunho de outras pessoas sobre ela. Como Pedro, João, Mateus e Paulo se qualificam?
A meu juízo (e, a esta altura, podemos viver de modo autêntico apenas por nosso próprio juízo — Lc 12.57), os escritos destes homens não se parecem com obras de pessoas ingênuas, fáceis de serem enganadas ou de enganarem. Seus conhecimentos da natureza humana são profundos. Seu compromisso pessoal é sóbrio e exposto com cuidado. Seus ensinos são coerentes e não se parecem com invenções de homens instáveis. Seu padrão moral e espiritual é elevado. E a vida destes homens, como transparece em seus escritos, é integralmente dedicada à verdade e à honra de Deus.
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Texto extraído do Livro "Em busca de Deus" pag 168, 169.(Shedd Publicações)

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